16 de julho de 2011

   Penso que todos deveriam saber como é a vida tal e qual como ela é, sem ilusões nem fantasias. Todos deviam saber valorizar o ouro e o bronze de forma igual, sem sequer discutir o valor real de cada um deles. As pessoas costumam ver apenas o que os olhos enxergam e esquecem-se de que a verdadeira visão dos factos vem dos batimentos do coração!
   Por vezes, ponho-me a pensar o porquê. Porquê das coisas acontecerem do modo e da forma como acontecem. O porquê de tanta falsidade. O porquê de todas as mentiras, e outros problemas que neste exacto momento não encontro as palavras e metáforas certas para descrevê-los... talvez porque nem sequer têm discrição.
  Uma vez olhei-me ao espelho e vi uma lágrima a cair, questionei-me sobre o que se passava naquele momento. O que os meus olhos viam era um reflexo sem cor nem movimento. E não consegui chegar a nenhuma conclusão, porque tinha o coração vazio de respostas e cheio de perguntas!
 Nessa altura lembrei-me da minha alma e do meu interior porque, no meu mundo e na forma como penso, é daí que vêm os sentimentos, e graças a ela é que as verdadeiras pessoas conseguem ver se estamos bem, ou não. E mesmo se não quisermos demonstrar o que sentimos, na maioria das vezes, é impossível!

14 de julho de 2011

Não sei

Será pela insegurança?
Será pelo medo de seguir em frente,
E no próximo cruzamento
Ser surpreendida com uma queda?
A resposta certa é: Não sei.

Não sei de nada, nem de ninguém.
Ao mesmo tempo que as certezas
Preenchem o meu pensamento e o meu coração,
Num piscar de olhos, num toque frio e severo,
Numa sombra que representa a ignorância...
Elas evaporam,
Dando lugar à incerteza e à covardia.

Precisarei de mostrar ao mundo
Aquilo que não sou,
Em prol daquilo que realmente sinto?
A resposta é: Não sei.

Precisarei de esconder uma lágrima,
E, como escudo,
Arrancar um sorriso de mim própria?
Um sorriso sem brilho, nem vida.
Um sorriso usado como máscara,
Apenas para proteger alguém,
Que por tantas vezes sorrir,
Castigado é, quando chora.
A resposta certa, tantas vezes pronunciada, é:
Não sei.